Leela Hutchison, estava com o primeiro grupo a explorar cavernas gigantes de cristal em Naica, no México, em 2001. Desde então, ela tem paixão em compartilhar sua experiência e conhecimento sobre pedras preciosas, minerais e cristais com o público em todo o mundo.
Leela Hutchison é gemóloga, exploradora, pesquisadora, palestrante e autora publicada sobre cristais, pedras preciosas e minerais. Em janeiro de 2001, se tornou a primeira mulher americana a entrar nas impressionantes cavernas gigantes de cristais de Selenita perto da vila de Naica.
Em 2018, Leela conversou com a GIA e abriu seu coração. Ela nunca imaginou que sua paixão por aventura e amor intenso por cristais, pedras preciosas e minerais se juntaram e a levariam a explorar os maiores cristais do mundo 2001, quando ela se tornou a primeira mulher americana a entrar e escalar cuidadosamente cristais maciços de 12 metros de altura em 100% de umidade e temperaturas próximas a 128 graus Fahrenheit no México.
Na sua biografia, Leela Hutchison se descreve como uma “caçadora de aventuras” – construiu uma carreira pesquisando os cristais gigantes e falando em conferências, palestras e museus renomados. Ela também escreveu um livro sobre eles que está em sua segunda edição. “Minha parte favorita do meu trabalho é despertar a curiosidade das pessoas”, diz Leela. “É gratificante educar outras pessoas sobre a mineralogia e a geologia do crescimento de cristais, como eles são formados e onde são encontrados em todo o mundo.”
Um breve resumo sobre Naica, no México
Mineiros que perfuravam prata em Naica, no México, em abril de 2000, encontraram uma “bolha no leito rochoso” a quase 300 metros abaixo do solo: uma caverna de cristais gigantes de selenita, uma variedade transparente e incolor de gesso. Leela cresceu caminhando, escalando e explorando o calor do deserto de El Paso, Texas, e também estava familiarizada com os cristais de seu trabalho de cura manual. Essa experiência, bem como as conexões que ela fez com o trabalho de caridade na área de Chihuahua, no México, fizeram dela uma boa candidata para se juntar a um dos primeiros grupos de exploradores desses cristais em janeiro de 2001.
Em 2001, Leela usou suas habilidades de alpinista para andar por cristais afiados dentro das cavernas escuras. "Desafiadoras e quase fatais", foram uma das suas descrições sobre as condições nas cavernas. “Era um ambiente de trabalho extremo e hostil. Estávamos entrando em áreas nunca antes descobertas e não sabíamos a que distância, profundidade e largura elas eram.”
Dentro das cavernas, Leela examinou e ajudou a documentar os enormes cristais de selenita que se acredita serem os maiores do mundo – aproximadamente 12 metros de altura e pesando até 60 toneladas.
“Ver os cristais pela primeira vez foi como entrar na fortaleza da solidão do Super-Homem, com cristais de tamanho colossal em um exoplaneta do sistema solar, onde as temperaturas eram extremamente altas e eu me sentia como se estivesse sufocando.” Palaras da Leela para GIA.
Ela estava ansiosa para compartilhar sua experiência com outras pessoas após sua jornada nas cavernas, então começou a apresentar informações e fotos sobre elas. Depois de grandes procuras, ela começou a falar para mais públicos – como o Explorers Club e as sociedades de gemas e minerais – e a aprender mais sobre os cristais.
Virada de carreira
Alguns anos depois, em outro deserto, Leela embarcou em uma nova aventura quando decidiu participar da AGTA Gem Fair 2004 em Tucson, Arizona. E foi nesse evento que ela se inscreveu no programa "On Campus Graduate Gemologist". Esse foi o ponto de virada na sua carreira, de uma paixão de longa data como exploradora e pesquisadora dos maiores cristais encontrados no planeta Terra. Depois do seu diploma em 2005, seu fascínio pela geologia do sudoeste americano levou a uma quase obsessão por caminhadas profundas nos desfiladeiros, cordilheiras e cavernas da região como caçadora de rochas.
Uma das suas pesquisas se concentra nos mistérios inexplicáveis no deserto de Chihuahua e nas cavernas, incluindo como os cristais gigantes foram formados e se ainda há mais a serem descobertos. Leela acredita que existem bolsões de cristais mais maciços ainda mais profundos do que a mina de Naica.
“Muitas das minhas descobertas são de minhas próprias experiências no deserto de Chihuahua e de entrevistas (com especialistas), como com a Dra. Penelope Boston, diretora de astrobiologia da NASA. Ela determinou que os micróbios dentro dos cristais tinham mais de 60.000 anos e ainda estavam vivos, e não correspondiam a nenhum banco de dados mantido pela NASA”, diz Hutchison.
Em 2018 as cavernas inundaram novamente e não são mais acessíveis – as operações de mineração que removem a água das cavernas cessaram – Hutchison continua a investigar os cristais examinando outros depósitos de selenita na área.
A paixão da Leela Hutchison pelo seu trabalho continua forte. Ela recentemente passou um tempo no Arkansas cavando em busca de quartzo. Uma viagem pessoal, diz ela, porque “é divertido entrar no barro vermelho e retirar belos cristais”.
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